AS CANÇÕES DA MINHA VIDA




Ouvimos canções e gostamos pela melodia, pela voz, mas muitas vezes, não sabemos o significado das palavras

Muitas pessoas escolhem para abrir o salão no dia do casamento um tema de que gostam não se importando com o coteúdo. Recordo-me dos tempso do PEÇA QUE NÓS TRANSMITIMOS, quando filhos cheios de ternura dedicavam às suas mães o Mama de Azenavour. Uma canção linda na verdade, mas muito triste.


 

 

LA MAMA

CHARLES AZNAVOUR

 

Vieram
Eles estão todos aqui
Logo que ouviram este grito
Ela vai morrer, a mama
Vieram
Eles estão todos aqui
Mesmo aqueles do sul da Itália
Há ainda Giorgio, o filho amaldiçoado
Com os braços cheios de presentes
Todas as crianças brincam em silêncio
Ao redor da cama (no quadrado)
Mas os seus jogos não importam

São apenas os seus presentes à Mamã

Aquecemo-nos com os nossos beijos
Aconchegamos o travesseiro
Ela vai morrer, a mamã
Santa Maria cheia de graça
Cuja estátua está em praça
A estender os braços
cantando Avé Maria
E há tanto amor, tantas memórias

à tua volta mamã
E há tantas  lágrimas e sorrisos

À tua volta mamã

E todos os homens sentiram tanto calor

pelos  caminhos do sol brilhante
Ela vai morrer, a mama
Que eles bebam vinho novo, fresco
O bom vinho de uma boa vinha
Enquanto se misturam atabalhoadamente
Sobre os bancos, lenços e chapéus
É estranho mas não estão tristes
Perto da grande cama da afeição
Há mesmo um tio violonista
Que toca  com cuidado
Para a mamã
E as mulheres vão se recordando
das canções tristes das vigílias
Ela vai morrer, a mama
Lentamente, os olhos fechados
como embalando uma criança
Após um   dia bom

para que ela adormeça a sorrir
Ave Maria
E há  tanto amor, memórias
Em torno de ti,  mamã
E há tantas lágrimas e sorrisos
Através de ti, mamma
Que nunca, nunca, nunca

 nos deixará

 

AS CANÇÕES DA MINHA VIDA

What a wonderful world

Louis Amstrong

 

 

 

Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu  vejo-as florescer para mim e para ti
E eu penso para comigo comigo... que mundo maravilhoso!

Eu vejo o céu tão azul e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite
E eu penso para comigo... que mundo maravilhoso!

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu
Estão também nos rostos das pessoas que vão passando
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como  vais?"
Eles realmente dizem: "eu amo-te!"

Eu ouço bebés chorando, eu  vejo-os crescer
Eles aprenderão muito mais do que eu jamais saberei
E eu penso para comigo... que mundo maravilhoso!

Sim, eu penso para comigo... que mundo maravilhoso!

 

 

FEIRA DE GARAGEM

VENDA DE GARAGEM E AS NOSSAS EMOÇÕES

Vamos viver as emoções no feminino depois de termos estado a conviver com as pessoas que vieram expor e vender em mais uma feira da LAC. os ouvintes lembram-se das feiras que produzimos nos idos anos de 90, e que eram animadíssimas. Altura em que poucas lojas se mantinham abertas e com produtos apetecidos. Os luandenses estavam quase a habituar-se a procurar nas lojas aquilo de que necessitam, deixando de comprar aos colegas nos seus próprios locais de trabalho. Na verdade estamos quase a voltar a esse tempo e então as feiras são uma montra para quem tem coisas a mais já usadas ou completamente novas. Na verdade a nossa ideia é seguir a tendência mundial das chamadas feiras de Garagem. O conceito de venda de garagem nasceu nos Estados Unidos da América e rapidamente se estendeu a outros países. Basicamente, uma venda de garagem consiste em colocar à venda objectos que tenhamos em casa e os quais já não usamos a preços simbólicos. A venda é normalmente feita numa garagem ou no quintal e muitas vezes é promovida por um grupo de pessoas que se conhece. Trata-se de um conceito que tem duas mais-valias imediatas: ganhamos algum dinheiro e livramo-nos de alguma "tralha" que acumulamos em casa.

No Brasil chama-se  brechó  e pode ser  uma loja de artigos usados, principalmente roupas, calçado, louças, objectos de arte, bijutarias e objectos de uso doméstico. Geralmente atraem um público mais alternativo, artistas em geral e pessoas de baixa renda e/ou desempregados, bem como aqueles à procura de artigos originais e únicos. Muitos brechós têm finalidade beneficente.

Origem No século XIX um homem chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objectos de segunda mão no Rio de Janeiro. Com o tempo o nome  transformou-se por corruptela em "Brechó". Os luandenses têm uma certa relutância e aderir a este tipo de venda e principalmente de compra. Diz-se que os angolanos só gostam de coisas caras e grandes marcas e por isso devem achar pouco elegante comprar uma coisa usada.

FAZER NOVO A PARTIR DO VELHO

Hoje estamos a falar de vendas e compras. Há agora o conceito de consumo consciente

Estas duas palavrinhas nunca estiveram tão na moda, e nunca foram tão importantes quanto agora escreve na internet Viviane_Bevilacqua.  Não dá mais para desperdiçar dinheiro, nem continuar entupindo o mundo de lixo, especialmente descartando coisas que ainda poderiam ser reaproveitadas por outras pessoas. Fico feliz quando vejo na internet o crescimento do número de vendas de garagem, que juntam quem quer vender alguma coisa com possíveis compradores, assim, de forma directa, sem intermediários. Em alguns países isso já acontece faz tempo. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pessoas colocam no pátio ou na calçada para venda (ou doação) tudo aquilo que já não tem mais serventia, e é um sucesso.

O que temos visto cada vez com mais frequência também, especialmente nas redes sociais, são pessoas dispostas a fazerem trocas de produtos que não usam mais por outros que necessitam. São iniciativas simples e eficientes, e por isso mesmo geniais, que merecem ser copiadas, especialmente em épocas de crise, como agora. Dias atrás vi um post de um grupo de meninas (todas de famílias ricas) expondo na web roupas e acessórios que não usam mais, e vendendo por preços bem acessíveis. Depois, vi que uma ex-colega do jornal também fez o mesmo, e outras, outras e outras. Há também aqueles que preferem fazer feirinhas nos finais de semana, em algum local público ou no pátio de uma casa, levando tudo o que não tem mais serventia (em bom estado, claro), para trocar ou vender por outras mercadorias. Esta é a ideia da Feira da Lac, uma feira de garagem. Ver  meninas ricas a venderem peças de roupas assim, publicamente, sem complexos. Antes seria um sinal de pobreza hoje  é sinal de que se dá importância ao dinheiro e, mais do que tudo, demonstram ter consciência ambiental. Sabem que é importante diminuir a quantidade de resíduos e que o reaproveitamento de materiais é uma forma de ajudar a natureza. O chique, hoje, é não desperdiçar nada. As Vendas de Garagem deixaram de ser meras vendas para angariar dinheiro, e passaram a ser dias de puro convívio e alegria

E voltamos à venda de garagem que é o que a LAC, pretende implementar  e que é Basicamente, uma venda de garagem consiste em colocar à venda objecto que tenhamos em casa e os quais já não usamos a preços simbólicos. A venda é normalmente feita numa garagem ou no quintal e muitas vezes é promovida por um grupo de pessoas que se conhece. Trata-se de um conceito que tem duas mais-valias imediatas: ganhamos algum dinheiro e livramo-nos de alguma "tralha" que acumulamos em casa.

Os filhos crescem, os interesses mudam e os produtos se acumulam em casa... Muitos produtos sem uso são doados, mas sempre fica aquele item que pode ser

comercializado. A prova disso são os milhares de grupos de venda nas redes sociais,

assim como sites que oferecem todo tipo de desapegos para vender.

Eventos como este são muito comuns em diversas partes do mundo

A ideia deste evento é para a venda de desapegos como roupas, acessórios, livros,

revistas, brinquedos... Enfim, produtos que as pessoas têm em casa sem uso, mas em

bom estado com preços bem baixos!

Prolongar o ciclo de vida de um produto é a ideia principal. Tentar encontrar objectos antigos dentro de casas privadas é o objectivo.

 

 

ME AND MRS JONES - Billy Paul



ME AND MRS JONES

Billy Paul - foi convidado para cantar no Miss Angola do ano passado e morreu este ano. Até essa altura muito poucas pessoas tinham ouvido o seu nome, mas conheciam o seu grande sucesso, ME AND MRS JONES. 

Lemos num jornal português que essa música reflecte uma traição cometida pela sua mulher no fim dos anos 60. A senhora teve um filho fora do casamento. Me and Mrs Jones é o cantar num tom dorido da história de um apaixonado por uma mulher casada. Mas se fosse isso ele é que tinha traído? - a musica diz:  Eu e a Senhora Jones, temos algo. Ambos sabemos que é errado, mas é forte demais para o esquecermos, agora. 

Depressa a canção inspirada numa outra de Elton John tornou-se num grande sucesso, atingindo o topo de vendas e ganhando um Grammy em 1973. Billy Paul nasceu na Filadélfia e começou a carreira aos 11 anos a cantar na rádio. Mas o sucesso desses anos não se repetiu até à sua morte.

Eu e a Sra. Jones diz o seguinte Nós  encontramo-nos todos os dias no mesmo café; Seis e meia e ninguém sabe que ela vai lá estar / De mãos dadas, fazendo todos os tipos de planos / Enquanto tocam as nossas músicas favoritas / Nós temos que tomar cuidados extras / Para nós não construirmos nossas esperanças muito alto

Porque ela tem suas próprias obrigações / E eu também / Eu e a Sra. Jones /Bem, é hora de nós dois irmos / e isso dói muito pot dentro / E agora ela vai pelo seu caminho e eu pelo meu / Mas amanhã  encontramo-nos /No mesmo lugar, à mesma hora. Uma canção de  dor de cotovelo, para não usar um termo mais pesado. 

Ele que foi traído, mas que fez a canção como se tivesse sido ele a trair. A estória não diz se ele continuou a viver com a mulher, limitando-se a fazer uma música. Gostavamos de saber quem o descobriu para o trazer ao nosso país, e de facto quem o convidou sabia o conteúdo da canção, ícone da sua carreira.






VIVÊNCIAS E REFERÊNCIAS

VIVÊNCIAS  E REFERÊNCIAS

Assistimos no Centro Camões a um revisitar  Eugénio Ferreira. Pessoas que lidaram pessoalmente com essa figura fizeram os seus depoimentos e foi muito bom ouvi-las e sobretudo foi muito bom para mim ter conhecido o Dr. Eugénio ferreira, tê-lo entrevistado no ambiente da sua biblioteca, para um programa que fazia na TPA e ter sido escolhida para, como aluna de direito ( ano zero) ir ao tribunal de trabalho servir de defensora oficiosa.  Estive várias vezes em sua casa, com a família na sala, usufruindo de cortesia, deferência e boa educação. Corri para ele para me ajudar a resolver como aplicar uma ordem superior de despedir um quadro assim, sem processo disciplinar, sem nada. E dele recebi a resposta certa, porque afinal a ordem, que não cumpri,  acabou por ser anulada. Na homenagem do Instituo Camões foram descritas as qualidades do homenageado, primeiro pela directora do Instituto Camões Dr.ª Teresa Mateus  que leu traços da sua biografia e vários depoimentos de pessoas que  conheceram o Dr. Eugénio Ferreira que chegou a  Angola em 1943. e teve um diversificado percurso que foi da luta pela independência de Angola processo de descolonização, e que se  assumiu sempre como “intrinsecamente português” e “orgulhosamente angolano”. O pensamento de “Angolanidade” de EUGÉNIO FERREIRA percorre horizontalmente um  largo espectro. Do Direito à Cultura e à Política, sem esquecer a dimensão Social.  Durante mais de 50 anos foi sujeito activo e militante, sempre inspirado nos  princípios da liberdade,  dignidade humana e na defesa da  cultura integral do Homem. Falaram do seu contacto e reconhecimento por esse convívio várias personalidades ligadas nomeadamente à justiça.  Para este espaço conta sobretudo o exemplo de dignidade que foi transmitido, e que deve ser assimilado pelos homens das leis mais jovens do nosso país. As pessoas precisam de ter referências. Nós não podemos fazer o mesmo percurso que outras pessoas que admiramos. Mas podemos guiar-nos por esses pontos de referência para nos orientar pela vida fora. Neste mar difuso de acontecimentos que vão marcando as sociedades, às vezes fica difícil escolher um modelo, mas que os há, há. É preciso aproveitar.

CANÇÕES



AS CANÇÕES DA MINHA VIDA

 

Doida - Pérola

 

 

 

Nas canções angolanas não é muito nítida a revolta das mulheres. Há sim um lamentar constante, por traições e trocas havidas. Pérola gravou um tema muito interessante onde reflecte a realidade de muitas mulheres

 

 Dizem que te perdi por ser tão tola
E que eu devia insistir

Mas se a verdade está tão transparente

Como eu não devo desistir

Queriam que talvez eu tolerasse e calasse as situações
Apesar do desrespeito e infidelidade

Deviam ver mais as minhas emoções
Dizem que eu não devo ser tão recta

Que até não faz sentido

Que hoje em dia tenho que tolerar e aguentar o mesmo marido

Que devia ser mais submissa e deixar p'ra lá esse orgulho à toa

Ainda que eu vivesse infeliz mas pelo ficava com a mesma pessoa
Só se eu for Doida

Doida o que eu não sou

Não nasci para sofrer

 Não cresci para apanhar

Não investi para falhar

Homem nenhum, nenhum, nenhum vou aturar...
Só se eu for Doida

Viver com um Homem assim...

Só se eu for Doida

Doida muito Doida

Só se eu for Doida p'ra sofrer assim

Ninguém merece

Só se eu for Doida...


Língua portuguesa

A língua portuguesa

No meu espaço das quintas-feiras, expresso as minhas emoções, que se voltam para os mais distintos assuntos. A utilização da língua portuguesa é um assunto recorrente, fazendo eco de trabalhos de pesquisadores. Digamos que o uso da língua portuguesa na nossa sociedade "é o problema que estamos com ele" e que tem preocupado várias pessoas. Carlos Almeida é uma delas. Também as professoras Maria Helena Miguel e Maria Antónia Alves , que lançaram  um livro intitulado LINGUA PORTUGUESA - TIRA DÚVIDAS DE A a Z. têm essa preocupação. O objectivo do livro é esclarecer de uma forma rápida, simples e sucinta, as dúvidas que a língua portuguesa vai apresentando no dia a dia. A ideia é solucionar problemas linguísticos de forma simples e clara. Há na verdade muitos problemas no uso da língua portuguesa inclusive por pessoas licenciadas e que são especialistas em determinada matéria, mas que deslustram, por vezes as suas intervenções, por usarem de forma errada algumas expressões. O presente do conjuntivo é uma das grandes dificuldades. Médicos, advogados e outros técnicos dizem que seje, que esteje de uma forma tão convincente que parece não terem dúvidas. Dúvidas todos temos diariamente. É com s ou com z, é com é ou com i. Enfim não é fácil. Portanto os parabéns às duas autoras. Há em todas as sociedades que se preocupam com a utilização da língua. Ao ler o Jornal de Letras ficámos a conhecer um senhor chamado ANTÓNIO HOUAISS que foi um dos maiores estudiosos da língua portuguesa no Brasil e que Jacinto Rego de Almeida que escreve a crónica, diz que tem muitos inimigos em Portugal devido ao acordo ortográfico de que foi o maior impulsionador e artífice no Brasil. Como sabem os ouvintes somos defensores de que a língua portuguesa em Angola deve ser bem falada isso sem deixar de ter a nossa pronúncia e as frases e palavras que vamos introduzindo, cheias de ritmo e conteúdo. As senhoras Maria Helena Miguel e Maria Antónia Alves colocaram à nossa disposição um livro cheio de exemplos, uma ferramenta muito útil para todos. Não devemos ter complexos de tirar dúvidas, para nos expressarmos e escrevermos num português correcto. Repito que isto não tem nada a ver com a pronuncia e o ritmo que  nós angolanos, damos à língua. E já agora vamos deixar também a nossa dica, a propósito de uma imitação daquilo que os nossos irmãos brasileiros dizem:

 

ASSISTIR

Assistir – estar presente, acompanhar, auxiliar, ajudar, socorrer

Tem se verificado a utilização do verbo assistir para todas as circunstâncias onde seria mais conveniente utilizar outro verbo:

Em vez de “assistir televisão” deve-se utilizar  - ver televisão, ver um filme

Assiste-se a um bom espectáculo, a uma cerimónia, a qualquer forma de actividade humana - quer dizer a acção quando decorre nós estamos presentes. Essa actividade gravada, vamos vê-la pela televisão.

"O doente foi assistido pelos bombeiros" "Quem assiste o passageiro, é a aeromoça"

Ligações

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