DESABAFO

E aqui estamos após dias empolgantes de homenagens. Primeiro a página da Internet e depois o Centro Camões.


Quem é homenageado sente uma série de emoções. Será que merece todos aqueles elogios? Porquê eu e não outra pessoa? Há tantas pessoas trabalhadoras, honestas...
E vamos revendo os defeitos, aqueles que nos foram sendo apontados ao longo da vida. Esses ficam esquecidos. Até quase nos esquecemos que os temos. Nas homenagens, como é óbvio celebram-se as qualidades. Aliás é isso que às vezes nos esquecemos de fazer - elogiar. Um defeito.

Nas homenagens celebram-se as acções que valorizaram os outros. Não falamos deles. Um defeito. Nas homenagens celebram-se as atitudes, o posicionamento. Tantas vezes demoramos a tomar as decisões. Um defeito.
Mas voltemos às emoções do dia 15 de Março.

Foram muitas aquelas que apertam o coração e fazem assomar aos olhos aquelas lágrimas teimosas que não deixamos correr. Como dizem os brasileiros: aguenta coração. Uma das perguntas que as jovens repórteres mais me fizeram, foi como me sentia depois da homenagem. Esta pergunta obriga-nos a fazer um balanço interior, afinal o que foi que eu fiz para merecer esta homenagem e não outra pessoa, que tal como eu procurou cumprir com as suas responsabilidades pessoais?

Mas depois voltamos à realidade que nos diz que são os outros que nos julgam e apontam qualidades de que nós sequer temos conhecimento. A verdade é que me senti vaidosa, orgulhosa. Interessa aqui, apontar o valor destas homenagens prestadas em vida. Depois têm significado para quem fica, o homenageado parte na ignorância do valor que lhe atribuem.
No nosso país tem se procurado, através de diferentes formas, homenagear as virtudes de várias personalidades e a forma como utilizou as suas responsabilidades individuais para com a sociedade.

De acordo com os estudiosos, a raça humana tem necessidade de evidenciar a capacidade de algumas pessoas, de lidar com as necessidades dos grupos a que estão ou estavam ligadas.

Todos temos de agir no nosso dia-a-dia de forma honesta: trabalhar correctamente, cumprir horários, executar eficientemente as nossas funções em tempo e qualidade independentes do nosso salário ou da nossa função. E voltando à homenagem, foi isso que fomos fazendo ao longo da vida e que os amigos não quiseram deixar passar em branco. BEM HAJAM

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