EMOÇÕES NO FEMININO


RESPEITO MÚTUO
Depois dos feriados voltámos à nossa vidinha de todos os dias e aos desacatos que opõem as zungueiras à policia, ou vice-versa. Episódios que nunca deveriam existir, pela dignidade das duas partes. Precisamos que as mulheres que vendem na rua, sejam respeitadas e precisamos que as mulheres que vendem na rua respeitem a polícia. Precisamos que ambas, se deem ao respeito. E isto remete-nos aos temas que temos abordado sobre educação. É que sendo educados, sabemos respeitar e dar-nos ao respeito. Sendo amáveis, corteses, não saindo da linha que separa as nossas funções, que separa os espaços onde nos podemos mover. Existe uma prioridade indiscutível: a necessidade de respeitarmos o nosso próximo. A propósito dos constantes desencontros entre a policia e as vendedoras ambulantes fomos buscar o tema do respeito ao próximo. O respeito mais do que qualquer outro factor, ajuda muito a estabelecer relações harmoniosas. O respeito mútuo começa com o respeito próprio. Respeito é o valor que nos move a tratar o outro com atenção, consideração e importância. Respeito gera respeito. Portanto, quando agimos dessa forma levamos o outro a fazer o mesmo e é assim que construímos o respeito mútuo.  Quem não se respeita, não inspira o respeito do outro. Respeito é fundamental em todas as nossas relações e em todos os momentos.  Depois de uma semana de afectos (esteve entre nós o Presidente de Portugal) e de homenagens às mulheres, vemos que uma é assassinada. Não é virgem o confronto entre a polícia e as vendedoras de rua. Por isso deve haver uma atenção especial por parte do Ministério do Interior em relação a esta questão. Os agentes devem passar por formações especificas de maneira a respeitarem as mulheres que encontram na rua. Elas podem estar a prevaricar, sabemos que sim. Sabemos que também se armaram de uma áurea que as leva a reivindicar de forma bastante agressiva aquilo que pensam ser os seus direitos. Nem sempre têm razão. Mas nada pode levar as autoridades a trata-las com faltas de respeito. O melhor será pormo-nos do seu lado e convencê-las de que esse não é o caminho. Queixam-se sempre de que os agentes ficam com as suas mercadorias. Deveria ser instituído que é terminantemente proibido mexer nos seus produtos, seja em que condições for, mesmo quando sejam levadas para depor … e usar arma de fogo, contra uma vendedora, não se deve admitir em circunstância alguma. É preciso respeitar a autoridade e respeita-se quando a autoridade se dá ao respeito. A autoridade não precisa de andar aos beijos, nem abraços, deve ser firme, sem faltas de respeito. Ser firme no cumprimento da lei e se a lei diz para ficar com a mercadoria, deve ser mudada. O Comandante geral da polícia disse que o agente nunca deveria ter usado a arma de fogo e isso todos nós sabemos até porque ouvimos já o Ministro do Interior dizendo que a polícia deveria andar munida de outras armas que não as de fogo, para evitar estas situações. No mês da mulher é inadmissível que uma vendedora morra desta forma. Pelo menos o espírito do Março mulher poderia ter iluminado esse agente.  Toda a sociedade condena como é óbvio o acto extremo do agente da polícia e nós também. Mas nós queremos que a polícia seja respeitada. Nós precisamos de uma polícia respeitada. Nós precisamos de mulheres cumpridoras da lei. Temos que acabar com esta disputa. As vendedoras insistem em vender nos locais proibidos e contam com um largo apoio da sociedade nesse finca pé e a polícia, que não consegue exercer a sua autoridade usa uma força desproporcional. Há que colocar um ponto final nessa disputa. Haja respeito mútuo. É proibido cumpra-se. É para manter a ordem haja firmeza, sem uso a armas de fogo.

Luisa Fançony
Directora Geral
luisa.fancony@lacluanda.co.ao
Tlm: +244 912 510 946



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