Como os ouvintes sabem, andamos sempre à cata, se nos permitem este termo, de assuntos para nos emocionarmos. Quer dizer para trazermos para este espaço onde é suposto vivermos emoções no feminino. No jornal Mercado do dia 8 deste mês encontrámos uma foto de Michelle Obama a dizer que ela é generalista. Pensamos que a mulher do presidente dos Estados Unidos tem carisma e normalmente acompanhamos a sua actividade com atenção. Mas o artigo da revista HARVARD BUSINESS, nem sequer fala de Michele, serviu-se apernas da sua imagem para chamar a nossa atenção. Então a questão é que os generalistas vencem os especialistas nas ofertas de emprego. Numa pesquisa feita por professores de uma escola de Columbia, ficou claro os especialistas têm mais dificuldade em arranjar emprego e quando arranjam ganham menos. Excepção feita aos médicos cirurgiões, onde se requer que o especialista já tenha muita prática do mesmo tipo de operação. Há outras excepções naturalmente. As pessoas que têm capacidades diferentes, podem ser usadas em diversas situações e têm probabilidade de serem vistos como lideres. Em relação ao especialista ele corre o risco de encontrar no mercado muitas pessoas com o ser perfil. “A especialização acaba por se tornar uma mercadoria, dando aos profissionais menos poder de negociação por ser facilmente substituível. Alguém que tenha concretizado muitas coisas é melhor do que alguém que esteja sempre a fazer a mesma coisa. As pessoas que demonstraram talento em áreas diferentes parecem ter vantagens” O estudo não analisou a questão do género, mas na amostra dos pesquisadores as mulheres casadas recebiam bónus inferiores e tinham menos probabilidades de receber múltiplas ofertas de emprego do que os homens casados. Uma outra questão que foi relatada é a dos jogadores de basquetebol, algumas pesquisas mostraram que aqueles que se especializam no lançamento dos três pontos, faziam menos dinheiro do que os outros que também eram capazes de fazer outras coisas bem. Dizia-se que as equipas agora querem quem seja capaz de jogar em todas as posições, com capacidade para o fazer de diferentes maneiras. “Quando somos bons numa área tendemos a continuar a melhorar nessa mesma área. O artigo termina com uma advertência para que não deixe de contratar especialistas. O estudo é uma reflexão com considerações gerais para os gestores e que não pode ser aplicada” ipsis verbis”. Concordamos em parte com estas conclusões, apesar de sermos contra aquilo que muitos jovens fazem que é andar de experiência profissional em experiência, não parando em lado nenhum. Mas de especialistas todos nós precisamos, de um bom pedreiro, carpinteiro, electricista etc. Há profissões onde o acto repetitivo é fundamental.
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